sexta-feira, 16 de março de 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Então publicitária.
E no começo era menina, meio tímida, sem experiência alguma, descobrindo um novo mundo: um mundo em que ela podia escolher o que queria ser. Ficou confusa, era muita responsabilidade para uma menina tão menina escolher o que queria ser e ainda ficou questionando se já não era e se era, o que era ela? Decidiu. Queria ser publicitária. Não tinha muita certeza do que todas essa sílabas significavam juntas, mas a intuição dela já era poderosa naquela época, tinha certeza que iria se apaixonar. E se apaixonou, era uma visão nova, mais crítica, mais inteligente. E a paixão foi seu fator X, o brilho no olho, o estusiasmo na fala, a empolgação nas mais simples ações garantiram a certeza caso ainda houvesse alguma dúvida (não dela, mas dos outros).
E no fim era menina-mulher, era publicitária. O título não era de grande importância, o que ela era, o que fez ela ser é o que deu sentido em sua vida. É como se ela fosse o tempo todo, mas só com isso teve a certeza.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Todo o tempo do mundo
O dia sempre teve 24 horas. A certeza em um dia monótono é que ele teve ao menos 30 e em um dia corrido é que ele teve apenas 20 horas, mas de fato o dia tem 24 horas.
Pare por um minuto sem fazer nada. Parece uma eternidade. O que eu quero dizer é que há tempo para se fazer muita coisa e tempo para se fazer nada.
Estamos deixando o tempo nos levar? Ou estamos levando o tempo com a gente?
Essa desculpa de "não tenho tempo" é muito corporativa. É tão lindo ser ocupado hoje em dia, preencher as 24 horas com milhares de afazeres: trabalho, estudo, compras, academia...!! São tantas atividades para tão pouco tempo que não se tem tempo para ligar para um amigo, lembrar de alguém querido, brincar com o filho, fazer o que dá prazer.
Ao contrário do que ensinaram-nos por muito anos, o prazeroso é ganha de tempo, é relaxante, nos torna pessoas melhores e acredito que a felicidade esteja diretamente relacionada a isso sim: administrar o tempo para fazer aquilo que dá prazer.
Quem dera pudéssemos fazer previsão do nosso tempo também, saberíamos exatamente o que fazer ao decorrer do dia e nos programaríamos para fazermos aquilo que nos dá prazer. Será?! Ou deixaríamos as coisas para amanhã?! Amanhã é possibilidade, hoje é certeza. A única certeza que queremos ter no fim da vida é de termos feito tudo que podíamos para quem queremos bem, não é isso?! Quando alguém está à beira da morte não lembra dos bens que conquistou, mas das coisas boas que iria fazer aos que ama se não tivesse deixado para amanhã.
Tornamo-nos chatos, ranzinzas, com cada vez menos tempo e talvez cada vez mais ricos, mas ao final do dia quando vamos dormir estamos todos na mesma situação: milhões de pessoas ao redor do mundo deitam-se, mas apenas algumas conseguem encostar a cabeça no travesseiro dormir e sonhar.
Ps: Se escrever sempre me deu prazer, agora sei que é tempo de voltar. Agradeço muito aos recados que recebi, são tão ou mais prazerosos lê-los do que até mesmo escrever.