Se existe alguma parte boa em fazer mudança é achar coisas que você nem lembrava que existiam. Colocando minhas coisas nas caixas achei um texto que escrevi quando tinha 15/ 16 anos, li e reli algumas vezes. Percebi que eu sou desse jeito e escrevo desse jeito há bastante tempo. Decidi compartilhar...
Vontade de Ser Igual
Vivemos em um país capitalista e, por consequência, consumista. Através dos meios de comunicação faz-se uma forte influência sobre a população, que aprende desde os primeiros passos a fazer parte de todo esse sistema.
É natural ouvir uma criança dizer que queria ser como algum personagem e por isso pede aos pais que comprem adereços do mesmo, para que se pareça com seu ídolo; mas não é comum ouvir uma criança dizendo que se interessou por algum livro, ou que aprendeu algo que lhe agradou no colégio.
Também se tornou natural o consumismo, o desejo de comprar, o desejo de estar na moda, o querer ser igual a todos (e mesmo assim afirmar ser diferente). A vontade de querer ser aceito, bem visto em uma sociedade , faz com que muitos gastem fortunas em poucas e simples coisas.
Os padrões criados pela sociedade interferem de forma tamanha que os valores perdem sua prioridade. Deixa-se de ensinar a questionar, deixa-se de aprender a questionar e se acaba por aceitar coisas impostas, mesmo que estas não sejam agradáveis ou até mesmo úteis.
Esse ciclo vicioso aparente não ter fim. O culto às celebridades e o consumismo parecem ficar presentes em nossa sociedade por tempo indeterminado; mas ainda há aqueles que reconhecem o poder e o valor de serem diferentes frente a uma sociedade padronizada, os que acreditam que a verdade e o conhecimento ainda prevalecem. Para se quebrar esse ciclo não é uma tarefa simples, porém da mesma forma que o consumismo é transmitido, encontra-se a solução. A comunicação, de fato, tem poder muito grande, se deflagrou o consumismo, poderia deflagrar também valores e incentivar a cultura. Cabe aos comunicadores que têm essa proximidade com o público, inverterem este quadro.
1 comentários:
pois é... parece mesmo que o consumismo mudou o mundo, em pensar que tem gente (digo, em miséria mesmo, coisa precaria) que nem sabe que gosto tem essa talnecessidade incontrolavel em comprar!
otimo texto.
e vê se aparece mais rs.
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